LOMBALGIA E EXERCÍCIO FÍSICO
Resumo
A dor lombar tem se tornado um problema de saúde pública, afetando aproximadamente 60% da população brasileira. Embora a lombalgia tenha etiologia multifatorial, está frequentemente relacionada a alterações musculoesqueléticas, devido à fatores como hiperlordose acentuada e enfraquecimento muscular, ocasionando maior sobrecarga sobre a musculatura e articulações da região lombar, o que compromete a qualidade de vida e a funcionalidade dos indivíduos. O tratamento da lombalgia pode ser realizado com medicamentos, fisioterapia e intervenções cirúrgicas, dependendo da gravidade de cada caso. Além destas alternativas, a prática regular de exercícios físicos tem se apresentado como uma abordagem eficaz, visando a reeducação postural e o fortalecimento muscular. Assim sendo, o objetivo desse estudo foi realizar uma revisão de literatura para avaliar os benefícios do exercício físico na redução da dor lombar crônica. Foram obtidos artigos científicos, nas seguintes bases de dados: SciELO, Google Acadêmico e Pubmed. Verificou-se na literatura que indivíduos com lombalgia crônica tendem a restringir os movimentos, reduzindo a mobilidade lombar, como estratégia para minimizar o desconforto, o que contribui para o enfraquecimento muscular, como das musculaturas abdominais superficial e profunda, glúteos e core. Também foi observado encurtamento de alguns músculos, como os isquiotibiais, psoas, reto femoral e espinhais, o que favorece forças compressivas e microtraumas sobre a região lombo-pélvica, que desestabiliza a lombar e gera dor. Nesses casos, é importante incluir exercícios físicos para o fortalecimento muscular, para o aumento de extensão do quadril, e de extensão da lombar com estabilização pélvica, que promove o isolamento dos músculos paravertebrais, sendo mais específicos para essa região. Inicialmente, podem ser realizados exercícios de treinamento resistido, de estabilização/controle motor, exercícios isométricos, fortalecimento abdominal, além de mobilidade e alongamentos, tais como mobilidade torácica lateral e “gato arrepiado”, somado a de pranchas frontais, laterais, “perdigueiro” (dead-bug) e variação de elevação pélvica com estabilização da lombar. Foi observado também que exercícios de intensidade moderada demonstrou benefícios na manutenção ou na melhora da mobilidade do tronco. Contudo, muitas pessoas com queixas de lombalgia realizam exercícios físicos de maneira inadequada e sem supervisão profissional, o que pode contribuir para a manutenção e agravamento da dor e limitações funcionais, expondo os praticantes a lesões. Ademais, sugere-se que os principais exercícios a evitar, dentro de um quadro de dor lombar são: agachamento livre e stiff pelo fato de contribuírem para maior desconforto na região lombar. Resta evidente que a prática regular de exercícios físicos, quando bem orientado, demonstrou ser uma abordagem eficaz, onde o fortalecimento muscular pode contribuir significativamente para a redução da dor musculoesquelética, correção postural, além de reduzir a sobrecarga nas articulações comprometidas. A atuação do profissional de Educação Física torna-se estratégica, ao possibilitar a prescrição segura e individualizada de exercícios corretivos e funcionais, promovendo saúde e prevenindo lesões.Downloads
Publicado
22-10-2025
Edição
Seção
Resumo Expandido
Licença
Copyright (c) 2025 Allan Victor Miguel de Andrade, Márcia Rezende

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Como Citar
LOMBALGIA E EXERCÍCIO FÍSICO. (2025). Anais Da Jornada Científica Dos Campos Gerais, 23. https://www.iessa.edu.br/revista/index.php/jornada/article/view/2862