O CAPITAL SOCIAL ASSOCIADO A CADEIA DE VALOR DO ANANAS DE MUXÚNGUE

Autores

  • Mateus Jacobe Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Palavras-chave:

Cultura de Ananás; Cadeia de valor; Capital Social; Muxúngue

Resumo

O estudo subordina-se ao capital social associado a  cadeia de valor do ananás, com foco  na avaliação do capital social dos produtores de ananás  nas  comunidades rurais de Muxúngue. A amostra foi constituída por 30 elementos, escolhida através da amostragem não probabilística, recorrendo-se a bola de neve e outra parte escolhida por conveniência. Aplicou-se, igualmente, a entrevista, o questionário e a observação directa, a fim de colher informações sobre o fenómeno de produção e comercialização da fruta. A comercialização do ananás ocorre de forma simples, sendo feita a grosso e a retalho para os diferentes clientes que passam pela N1 na zona centro do país. Em Muxúngue produzem-se mais de 80 mil toneladas de ananás a cada safra agrícola e isto, abre um caminho para o estabelecimento de novas relações entre os habitantes de uma determinada região. Assim com a interacção social dos produtores de ananás permite-lhes fazer poupanças xitiques possibilitando angariar valores monetários para galvanizar a sua produção, assim que as associações existentes não funcionam na totalidade, devido a situações políticas militares, temendo desta forma sequestros, portanto o capital social serve como garantia entre as povoações praticantes da agricultura disponível para os que não têm acesso aos mercados de crédito regulares, fazendo algumas poupanças de valores monetários.Durante estes convívios, consomem bebida alcoólica feita com base no ananás e promovem o património cultural e gastronómico do povo Ndau.

Biografia do Autor

Mateus Jacobe, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Doutorando da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.

Referências

ABRAMOVAY, R. Paradigmas do capitalismo agrário em questão. São Paulo: Hucitec-ANPOCS. 1992.

BORDIEU P. The forms of capital. In: Richardson J, editor. Handbook of theory and research for the sociology of education. New York: Greenwood Press. 1986.

CARRASCO,A.R;FERREIRA,A.M. Gestão de ambientes Costeiros. 2009.

CAPRA, F.; LUISI, P. L. A Visão Sistêmica da Vida: Uma Concepção Unificada e suas Implicações Filosóficas, Políticas, Sociais e Económicas. São Paulo-SP. 2014.

COLEMAN, J. S. Social capital in the creation of human capital. American Journal of Sociology. 1990.

CTENAS, M.L.B.; QUAST, D. Abacaxi. Frutas das terras brasileiras. São Paulo. 2000.

DINIS, A. Composição física-quimica e sensorial das formulações de sumo e necter de água de coco e polpa de ananás. Maputo. 2016.

EVANS, P. Government and Social Capital in Development. University of California (Berkeley). .1997.

FACCIN, K.; MACKE, J.; GENARI, D. Mensuração do Capital Social nas Redes Colaborativas Vitivinícolas da Serra Gaúcha. Revista O&S, v 20, n 65, p. 303-320, Salvador. Disponível em: www.revistaoes.ufba.br. 2013.

FAOSTAT. Food and Agriculture Organization of the United Nations Statistical Database.Cropsdatabase.Disponívelem:<http://faostat.fao.org/site/567/DesktopDefault.aspx?PageID=567#ancor>2009. Online. Acesso em: 17 NoV. 2020.

FUKUYAMA, F.Trust: Social Virtues and the Creation of Prosperity. Free Press, New York. 1995.

GAMARNIKOW, E. Social Capital and Human Capital. Encyclopedia of community.Sage, Publications. 2003.

GOMES, R.P. II Fruticultura especial. In: GOMES, R.P.Fruticultura brasileira. São Paulo: Nobel,p.72-75. 1976.

GOBB, R. L.; FERRAZ, S. F. S. Arranjos Produtivos Locais na Perspectiva da Teoria do Capital Social: Estudo no APL Moveleiro de Marco/CE. Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais - SIMPOI, São Paulo. 2010.

LAKATOS, &. MARKONI. Fundamentos de Metodologias Científica., 7ª Edição. São Paulo: Atlas. 2010.

MACAUHUB. Moçambique e China assinam Momerando no financiamento da agricultra . 2009).

Mankiw,G. Principios de economia. Editorial Mc Graw Hill. 1998.

MEDINA, J.C; et al. Abacaxi: cultura, matéria-prima, processamento e aspectos econômicos. Campinas: Instituto de Tecnologia de Alimentos. 1987.

MOORE,M.H. Texto:Criando valor publico por meio de parcerias publico-privadas.Revista do Servico Publico.Brasilia. 2007.

PETERSEN, P.; SILVEIRA, L. M.; FERNANDES, G. B.; ALMEIDA, S. G. Método de Análise Economica-Ecológico de Agroecossistemas. 1ª ed. AS-PTA, Rio de Janeiro. 2017.

PORTER, M. E. Competitive Advantage. New York: Free Press. 1985.

PUTNAM, R. D. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: FGV. 1996.

PRODANOV & FREITAS. Metodologia do Trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho académico, 2ª Edição, Brasil. 2013.

PONCIANO,N.J. e tal .Avaliação económica da produção do abacaxi, cultivado na região Norte Fluminense. Revista Caantiga, Mossoro. 2006.

SMELSER, N. Problematicas da Sociologia, in: The Georg Simmel Letures, 1995, Berkeley-USA. 1997.

SEQUEIRA,J.A.S. A cadeia de valor do açaí: uma estratégia sistêmica na conservação dos agroecossistemas amazônicos no município de Carauari-AM, Manaus. PPG-CASA, 2018.

SIMÃO, S. O abacaxizeiro. In: SIMÃO, S. Tratado de fruticultura. Piracicaba: FEALQ, 1998).

SOUZA, S. F.; OLIVEIRA, K. K. L.; CRUZ, M. J. M. Modo de vida camponês e políticas públicas no assentamento Riozinho – Carauari-AM. REVISTA GEONORTE, V.8, N.28, p.161-177. 2017.

WARDLE, D. A. Communities and Ecosystems: Linking the Aboveground and Belowground Components. Princeton, NJ, Princeton University Press,.2002.

YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman. 2015.

https://www.atlasbig.com/pt-pt/paises-por-producao-de-abacaxi,acessado aos 12.Fev.2021

Downloads

Publicado

27-08-2023

Como Citar

Jacobe, M. (2023). O CAPITAL SOCIAL ASSOCIADO A CADEIA DE VALOR DO ANANAS DE MUXÚNGUE . Faculdade Sant’Ana Em Revista, 7(1), p. 173 - 194. Recuperado de https://www.iessa.edu.br/revista/index.php/fsr/article/view/2322